domingo, 6 de janeiro de 2008



Num baile de máscaras assume uma personagem. Madame de... não chega nunca a livrar-se dessa baile, onde deve assumir uma personagem que uma série de convenções determinam. A sua vida é essa longa, interminável noite em que usa a máscara. Que não saberemos nunca quem ela verdadeiramente é, sabemo-lo logo no belíssimo plano inicial que introduzindo o mundo de fantasia - vestidos, joías, pinturas e adornos - nos leva finalmente, até ela, que nos é revelada (?) através do espelho, rosto que por fim se cobre com o véu. Dali em diante - sabemo-lo - aquela mulher que dança, dança, dança, afinal não é mais que um fantasma.