
Uma imagem é, sempre, apenas um fragmento. Uma tensão ("Nuvem que nunca se torna chuva" na expressão de Yeats). A "verdade mimética" da imagem (da imagem fotográfica, por exemplo) não se reduz a uma questão de semelhança com o referente. Por isso, numa fotografia em que o passar do tempo apagou a definição da imagem, ou em que a acção directa lhe impôs uma determinada alteração, o que se vê é, ainda, a imagem a lutar para ganhar corpo, a tomar forma a tudo o que (presente ou ausente) pode tomar como seu - rosto e sombra.
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