sexta-feira, 23 de novembro de 2007



O registo fotográfico fixou a imagem, paralizando as duas mulheres, os seus movimentos, a sua respiração, o fumo do cigarro. A imagem-tempo permite ao espectador a construção de uma narrativa. O que vai acontecer a seguir é decidido por nós num espaço imaginado. As imagens são sempre pretextos. Retiramo-las da sua eternidade e tornamo-las parte do nosso presente. Do que aconteceu ali não resta nada, mas inevitavelmente teremos de partilhar daquela solidão.

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