sábado, 24 de novembro de 2007




Vou resistir à interpretação semiótica do cartaz. Trata-se de um cartaz norte-americano, ligado a uma campanha governamental de prevenção da Sífilis e de outras doenças venéreas (VD). Confrontamo-nos com um plano onde os elementos, implícitos e explícitos, têm de ser "discursificados". Esta mesma linguagem gráfica é usada em cartazes de propaganda e em publicidade. O que não se mostra e o que não se diz tende a ser tão forte como o que se mostra e o que se diz. Tal não significa (pelo menos não o significa sempre) que o que se omite - intencionalmente ou devido a códigos de censura - é algo de extraordinário, significa antes que os elementos que remetem para o que está omitido o tendem a amplificar. O discurso gráfico norte-americano faz assim uso de símbolos e ícones que hiperbolizam o que se não dá a ver para melhor manipular a comunicação, para a tornar, em suma, persuasão.

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