sábado, 24 de novembro de 2007



É um lugar-comum dizer-se que os códigos fazem os géneros. A fidelização do olhar passa inevitavelmente por o educar por e para uma linguagem da qual, progressivamente, o próprio olhar se torna operador. O Sexexploitation não era, afinal, uma transgressão dos códigos definidos pela censura dos anos 50, mas uma intensificação desses códigos. Daí tudo (personagens e situações) se abeirar do grotesco. Não há uma nova linguagem, uma nova narrativa ou, sequer, um novo imaginário. Tudo o que caracterizava o cinema norte-americano dos anos 50 está aqui mas caricaturado. Não são simplesmente as mesmas coisas escritas a bold. São as mesmas coisas re-escritas e a bold.

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